quarta-feira, 23 de março de 2016

Sinto que o universo me anda a enviar mensagens... Como é que passado mais de um ano decides invadir os cantos da minha mente a quase toda a hora? Porquê? Como posso decifrar esta mensagem? Diz-se que "what you seek is seeking you" mas como? Eu sei que o que procuro não me procura. Será o reverso? Porque já me procurou em tempos... Mas fará só sentido para a outra pessoa? Devo retirar apenas a básica lição? Sinto-te. Sinto-nos. A navegar nas ondas de ilusão do presente. Anda até mim

segunda-feira, 21 de março de 2016

Pergunto-me se a tristeza será o fruto da inspiração? O fluir da escrita das minhas palavras conta-se pelos vastos de mágoas que me correm na memória. Ou serão essas as palavras que me correm no espírito? Escrever palavras para definir sentimentos abstractos... Não é finalizar um sentimento? Definir um padrão com um fim. Descrever, com um conjunto criado pelo Homem de sons sentimentos, pôr barreiras em algo como o vento. Não me faz muito sentido, mas se não escrever como retrair o que voa pela cabeça? As palavras não me chegam. Por vezes sinto saudades da minha inconsciência.



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Percorro este chão gasto e pisado, fluente, com o peso do mundo em mim. Estarei para sempre tão apaixonada pelos meus demónios que não consiga nunca os deixar ir embora? Serão eles já parte de mim? Eles vão me cantando no dia a dia melodias, num tom talvez um pouco masoquista que me deixa adormecida ou anestesiada na vida. Este vazio que não me consola mas que, contrariamente, preenche cada minuto dos meus dias, agora sem cor. Com alguma introspecção admito que toda esta escuridão me fascina, me faz sentir viva e ao mesmo tempo não. Este gigante paradoxo que sou invade-me de interrogações que não me querem deixar dormir... Quero esquecer o mundo por instantes... e todos os que estão nele. Cada dia que passa percebo que cada vez conheço menos as pessoas, que existe toda uma máscara envolvente em cada momento partilhado... Nem eu própria me consigo decifrar, como posso esperar que as pessoas me dêem algo fixo e verdadeiro? É tudo uma questão de oportunidades alheias ao momento. Estive, por momentos, demasiado feliz ou, se calhar, ocupada para voltar a sentir esta turbulência interior, desconsolo dos meus pensamentos, próprio entendimento frustrante, desapego de todos ao meu redor. Será perpétua esta sensação de querer explodir com tudo o que tenho aprisionado dentro dos confins da minha mente? De querer esmagar todos os que mais quero com o peso da minha consciência? Tornei-me num pedaço de alma apática que vê tudo a acontecer mas permaneço parada, congelada. Não sei o que quero, talvez saiba o que preciso. Quero sair. É irónico todas estas palavras de socorro por liberdade e no entanto não sair do mesmo lugar. Este bichinho, monótono ciclo vicioso consome todo o meu espírito. Deparo-me que a minha alma contém um certo apetite para a destruição, dentro deste limbo de escuridão, procuro um vestígio de luz, muitas vezes noutras pessoas senão eu, mas que lá no fundo, bem sei que reside em mim a mais pura e invulgar luz. Procuro-me, e concluo que todos também o fazem. Procura da impossível definição. Devo acrescentar que nos perder pelo caminho é um bem necessário para nos encontrarmos e restituir-mos-nos. Tenho medo de definir sentimentos... Nesta grande montanha-russa da vida procuro o meu yin yang algures baloiçando entre o meu caos. 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Lembras-te?

Em momentos achamos que as pessoas com quem partilhamos o presente permanecerão na nossa vida para sempre, mas o tempo passa e corrói tudo aquilo que pensamos e até que sentimos. Fizeste parte da minha viagem e, passam anos sem te ver e o teu fantasma continua a vir-me cumprimentar na minha monótona rotina. Muitas vezes tento levar o meu até ti. Será que o sentes? A tentar perfurar um cantinho do teu pensamento? Gostava que sim... Partilhámos tantos sorrisos que muitas vezes me assusta como é possível a indiferença ter consumido tudo o que o vento levou. Revolta-me sentir este desconsolo porque no final de tudo, quem te afastou fui eu, mesmo que involutariamente. Vi que te perdi de alguma forma, e tu viraste-me a cara quase sorrindo seguindo o teu caminho como se eu fosse nada. Sempre fiel ao meu caos deixei-te ir. E porque continuo eu a escrever sobre ti? Sinto que de alguma forma continuas a fazer parte de mim, e que as nossas almas, metaforicamente ou não, são feitas de alguma magia igual e talvez seja por isso esta minha saudade constante que tenho por ti, que não se acomoda a mim porque não queria cair na realidade que não haverá nada que a apague. Existem dias em que a tua presença ocupa cada espaço do tempo, das músicas que ouço, das imagens da minha mente... Vastos pedaços de recordações voam na minha cabeça... Um dia disseste-me que eu era uma rapariga fora do normal e hoje digo-te que nunca eu conheci alguém igual a ti. Partilhámos muitas vezes as nossas essências pela música e nunca precisamos da típica conversa vazia para preencher o silêncio. Estar contigo sempre foi leve... E a nostalgia dói... Por vezes, dá-me súbitas epifanias de que a vida é demasiado curta para não dizermos aquilo que sentimos, especialmente quando é para dizer o quanto uma pessoa tomou conta do coração e o quanto a sua ausência é sufocante mas, infelizmente, nasci com um orgulho ridiculamente exagerado e o medo de sair para fora dos meus muros ilusórios e receber uma resposta que não seja mútua impede-me de falar todas estas palavras para ti. Hoje, sinto a vida a correr, o tempo passa mais rápido que antigamente e, percebo que isto tudo é nada. A verdade é que não sei se existe vida para além da morte, ou se quando esta viagem chegar ao fim terei novamente a oportunidade de te conhecer... Até lá vou escrevendo tentando arranjar significado para todas estas questões da minha mente. E hoje digo-te um pouco delas porque vivemos algo bonito, ensinaste-me muitas coisas e queria que soubesses que não me esqueço de ti. Apesar de tudo, espero que um dia possamos partilhar todas as histórias em que não estivemos juntos.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

sábado, 24 de outubro de 2015

Velhas incógnitas enterradas neste pequeno infinito universo. Repetidas num paradoxo inseguro dominado pela arte de sentir ofuscada pelo barulho de todos os meus pensamentos que gritam e devoram consumindo olhares, beijos, sorrisos vazios num mar de pessoas tão cheias de nada caminhando nesta estrada, procurando inconscientemente algo que cure esta ferida ilusória e que preencha todos os cantos da alma não iluminados com o quente de uma luz acolhedora que nos abrace...

domingo, 10 de abril de 2011


People are afraid of themselves, of their own reality; their feelings most of all. People talk about how great love is, but that’s bullshit. Love hurts. Feelings are disturbing. People are taught that pain is evil and dangerous. How can they deal with love if they’re afraid to feel? Pain is meant to wake us up. People try to hide their pain. But they’re wrong. Pain is something to carry, like a radio. You feel your strength in the experience of pain. It’s all in how you carry it. That’s what matters. Pain is a feeling. Your feelings are a part of you. Your own reality. If you feel ashamed of them, and hide them, you’re letting society destroy your reality. You should stand up for your right to feel your pain.” — Jim Morrison

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Opeth - Credence

Deserted again.
You speak to me through the shadows.
Walking in closed rooms, using cold words.
Captured by the night.
The yearning escapes from my embrace.
Strange silhouettes whisper your thoughts, scream your sadness.
And they all turned away, unable to face more of this death.
Credence in my word.
Written in dust, tainted by memories.
I confess my hope, recognize my loneliness.
Your laughter weeps the truth.
Push me into the corner.
Confirming the epitaph of my soul
and displaying the once unknown Karma.